MPLA, PRA-JA, fora!
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O amor é mesmo injusto, porque se fosse justo, alguns angolanos não amariam tanto o MPLA, tal como o amam, apesar deste não querer saber deles.
Por: David Matuca , Escritor e Político
O povo angolano que ainda acredita no MPLA, é comparado a um
marido “cornudo” que apesar de tantos chifres, a torta e a direita, e aos olhos de todos; esse marido continua a viver com a mesma mulher, como se nada tivesse acontecido.
O povo angolano que ainda acredita no MPLA, é comparado ao marido, que cuja mulher, já não cumpre o seu dever de esposa, cozinha mal, maltrata-lhe, ofende-lhe, mas ele continua a amar a sua mulher(MPLA);
Hoje, assistimos impávidos a mais uma subida de combustível, e consequentemente o transporte público, o que irá mais uma vez prejudicar o consumidor final(o povo), porque o ministro, o governador, o administrador, os juízes, os procuradores, os secretários do Estado, entre todos que exercem funções de alto nível no governo e os membros do Bureau Político do MLPLA, não andam de transporte público, ou táxi privado; não compram combustível com o seu dinheiro, não compram o pão com o seu dinheiro, não compram arroz com o seu dinheiro, não compram a água e luz com o seu dinheiro; os preços sobem e sobem cada vez mais, e o único que continua prejudicado é o cidadão comum.
Mas o coitado do cidadão, como AMA muito o MPLA, continua fiel ao MPLA, que durante 50 anos, vive o castigando.
O MPLA, apesar de pouca vergonha, já conseguiu despertar e deu conta de que uma grande parte da população, e até alguns militantes mais atentos, já não acreditam nele, a julgar pela clara divisão interna, que apesar de nos tempos de Daniel Chipenda, Viriato da Cruz e outros, já se verificava, o Presidente José Eduardo dos Santos, conseguiu pelo menos durante o seu consulado, manter o MPLA estável internamente, porque apesar de ter sido um ditador furtivo; sabia contentar os seus correligionários, de modos a afugentar qualquer hipótese de afronta, por isso governou com alguma relativa tranquilidade.
Neste consulado de JLO, o que se assiste dia após dia, é que o homem não é amigo de ninguém, senão da sua própria boca, que quando abra só exterioriza ofensas e ataques, ao povo, aos líderes de Partidos da oposição, com maior destaque à UNITA, e sem medo, ofende e ataca até os seus próprios camaradas.
O JLO, e seus auxiliares mais directos, com o propósito de não deixarem o poder, decidiram criar aliança com o recém criado Partido Político PRA-JA, que mesmo que o dirigente máximo daquela agremiação política, conhecido como mercenário dos mercenários, “candongueiro” de primeira linha e traidor do povo angolano e de seus manos de trincheira, que lutam incessantemente para libertarem Angola da tirania; negue essa possibilidade, para tentar enganar os fracos, os mais atentos sabem.
Os mais atentos sabem que o PRA-JÁ, é mais um “partideco”, cuja missão é trabalhar a favor da manutenção do poder do MPLA, que já sabe que em 2027, terá provavelmente 39% a 41% dos votos, e a UNITA obterá provavelmente 52% como foi em 2022.
O MPLA, pretende com isso, criar geringonça com o PRA-Já, para formarem o governo, tal como o próprio mercenário do PRA-JÁ de boca cheia e sempre emotivo, já vem afirmando, que “se não for governo, será parte do governo”.
É uma prática antiga em Angola, a exclusão na coisa pública, dos cidadãos que militam ou simpatizam-se com a UNITA;
Na Lunda-Norte, Município do Mussungue, os cidadãos dos bairros Samacaca e Sachindongo, foram coartados ao direito de benefício à água potável, porque eles votam para a UNITA, apesar de a nascente da água que alimenta a metrópole, Mussungue-Dundo-Chitato, estar a metros daqueles bairros.
Temos acompanhado o cancelamento aos shows e participação em programas televisivos, de vários músicos e artistas de outros estilos da nossa praça cultural, pelo MPLA vs Ministérios da Cultura, vs Ministério da Comunicação Social, quando estes fazem algum pronunciamento a favor do povo, ou vão tocar à um Show da UNITA.
Quando uma delegação da UNITA, se desloca à uma das províncias, municípios ou Comunas, em jornadas políticas; o MPLA vs Governo, orienta o encerramento dos restaurantes, dos hotéis, das bombas de combustível, e fecham-lhes o acesso à qualquer serviço público ou privado, numa ação de intolerância política.
Os Órgãos de Defesa e Segurança, entram em estado de alerta e começam entre si e alguns membros do MPLA, a trocarem mensagens com planos de impedimentos e vigilância, como se de um inimigo se tratasse.
E, como o MPLA, está fora de si, e o PRA-JA, está com sede de poder a todo custo; foi-lhe dado a liberdade de circular pelo país sem nenhum impedimento, com hotéis pagos pelos governos locais, com um orçamento que o permite custear as suas actividades sem constrangimentos, e com os espaços que o MPLA utiliza para os seus comícios, a disposição também do Pra-Ja.
A classe de artistas em Angola, que apoia o MPLA, passou a assumir-se como militantes do PRA-JA, sem que as cadeias televisivas os cancelassem, sem que nas actividades do Governo, fossem impedidos de actuar, numa clara demonstração de aliança inquebrável entre esses dois Partidos, que se posicionaram contra o povo angolano, que agora vive comendo em contentores de lixo.
Acorda Angola, a Hora é Agora.
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