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SONANGOL CONDENADA A PAGAR 16 MILHÕES USD, MAS MANOBRAS JUDICIAIS TRAVAM EXECUÇÃO DA SSENTENÇA

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    Portal Destaques
  • 19 de ago.
  • 2 min de leitura

Por: Redacção l Portal Destaques.ao


A Sociedade Nacional de Combustíveis de Angola (Sonangol-EP) e a sua subsidiária, Sonangol Distribuição e Comercialização, SA, foram condenadas pelo Tribunal da Comarca de Moçâmedes a indemnizar os herdeiros de Gaspar Gonçalo Madeira em 16.233.039,00 dólares e a devolver um terreno de 360.742 m², localizado no bairro Saco Mar, cidade do Namibe, onde funciona a sede regional da petrolífera.


Segundo informações em posse do Imparcial Press, a família Madeira é proprietária da parcela desde 1957, mas a Sonangol ocupa o espaço desde 1993, sem qualquer pagamento. A ocupação começou com apenas 130 m² e foi-se expandindo até atingir a dimensão atual.


Em julho de 2022, após negociações, a Sonangol reconheceu por escrito a ocupação do terreno e celebrou um Contrato-Promessa de Compra e Venda, comprometendo-se a pagar 45 USD por metro quadrado. Contudo, o acordo nunca foi cumprido, o que levou os herdeiros a recorrerem à justiça.


O tribunal declarou o direito de propriedade da família, ordenou a devolução da parcela e condenou a Sonangol ao pagamento da indemnização, além de 1 bilião de kwanzas por danos morais a um dos herdeiros, Ildeberto Alfredo Serra Madeira.


A petrolífera tentou recorrer, mas o recurso foi declarado deserto por falta de alegações no prazo legal, levando ao trânsito em julgado da decisão.


No entanto, em vez de cumprir a sentença, surgiu um episódio controverso: o juiz que conduziu o processo foi afastado e substituído por Celestino Soares José, recém-empossado magistrado, que reabriu uma providência cautelar já encerrada há quase dois anos e declarou nula a decisão anterior.


A medida foi imediatamente contestada pelos herdeiros, que denunciam manobras judiciais para travar a execução da sentença. Enquanto isso, a Sonangol mantém-se em silêncio, continuando a explorar o terreno sem pagar a indemnização fixada pela justiça.

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