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"VIATURAS DO PARTIDO VIRAM TÁXI? ACUSAÇÕES CONTRA FLORBELA MALAQUIAS AUMENTAM CRISE NO PHA"

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    Portal Destaques
  • 16 de jul.
  • 2 min de leitura

Por: Ernesto João | Portal Destaques.ao


A crise interna no Partido Humanista de Angola (PHA) ganha novos contornos, após acusações graves dirigidas à sua presidente, Florbela Catarina Malaquias. Durante uma conferência de imprensa realizada recentemente no município de Ingombota, em Luanda, a ala dissidente do partido denunciou a alegada gestão abusiva dos bens partidários por parte da líder.


Nsimba Luwawa, porta-voz da Comissão Política Nacional do PHA, acusou Florbela Malaquias de administrar fundos e recursos do partido de forma pessoal e sem prestar contas.


“A senhora presidente gere o partido ao seu jeito. Até hoje, nunca prestou contas à Comissão Política Nacional. Esse foi, aliás, um dos principais pontos que incluímos na carta que desencadeou todo este conflito", denunciou Luwawa.


Entre as acusações, destaca-se o uso de viaturas do partido em serviços de táxi personalizado por meio de plataformas como o Heetch.


“Sim, é verdade. Durante a campanha eleitoral de 2022, a presidente recebeu viaturas do partido e colocou-as a operar como táxis personalizados. A justificativa foi gerar receitas para ajudar nas despesas com as províncias, visto que o partido era novo. No entanto, até hoje não se sabe quanto entra, como entra e para onde vai esse dinheiro. Nenhum membro da Comissão tem acesso a essas informações”, reforçou.


Em reação, a direção liderada por Florbela Malaquias convocou, nesta quarta-feira, 16 de julho, uma conferência de imprensa na sede nacional do partido, no município do Rangel, também em Luanda.


Roque Sozinho, vice-presidente para os Assuntos Parlamentares e Eleitorais do PHA, refutou as acusações, garantindo que o uso das viaturas foi transparente e com objetivos partidários.


“O PHA adquiriu algumas viaturas no início da campanha de 2022. É algo público e nada foi escondido. Infelizmente, duas dessas viaturas foram roubadas por membros da ala dissidente, uma sofreu um acidente quando estava ao volante uma das reclamantes, e as restantes foram colocadas em serviço de táxi para ajudar nas despesas do partido”, explicou.


Armando Campos, outro membro da Comissão Política Nacional, vinculado à ala da presidente, também defendeu Florbela Malaquias.


“A gestão de recursos do partido, durante e após as eleições de 2022, esteve nas mãos dos próprios reclamantes. Eles elaboraram o relatório financeiro enviado ao Tribunal de Contas, que foi aceite parcialmente. A presidente, nesse período, não teve qualquer envolvimento direto”, garantiu.


Enquanto as duas alas trocam acusações públicas, a instabilidade interna do PHA levanta dúvidas sobre o futuro do partido no cenário político angolano.

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