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TENSÃO EM TRIPOLI: ONU EXIGE RETIRADA DE TROPAS E AÇÃO URGENTE PARA EVITAR NOVA GUERRA CIVIL NA LÍBIA

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    Portal Destaques
  • 13 de jul.
  • 2 min de leitura

Por: Redacção | Portal Destaques.ao


A ONU lançou um novo apelo urgente às partes em conflito na Líbia para que evitem uma nova escalada militar em Tripoli. O alerta surge após relatos do destacamento de novos reforços armados na capital, mesmo após o acordo alcançado em Maio.


Em comunicado divulgado neste sábado, a Missão de Apoio da ONU na Líbia (UNSMIL) exortou à contenção e à resolução pacífica das tensões, especialmente "em áreas densamente povoadas". A organização alertou contra qualquer retórica ou ação política que possa reacender confrontos, apelando à aplicação imediata dos acordos de segurança assinados, bem como à retirada urgente das forças militares recentemente posicionadas em Tripoli.


A UNSMIL recordou ainda que o Conselho de Segurança da ONU, em 17 de Maio, reafirmou que todos os atores políticos e de segurança têm a obrigação legal de proteger os civis, advertindo que os responsáveis por ataques à população responderão judicialmente pelos seus atos. “O diálogo, e não a violência, continua a ser o único caminho viável para uma paz duradoura”, declarou a missão.


As tensões remontam aos confrontos de Maio, que eclodiram após a morte do líder do Stability Support Apparatus (SSA), Abdelghani al-Kikli, conhecido como "Gheniwa". A violência entre milícias resultou em pelo menos seis mortes, deixando Tripoli à beira de uma guerra civil. Em resposta, o Governo de Unidade Nacional, liderado por Abdul Hamid Dbeibé, criou um comité militar e de segurança para desmantelar os grupos armados ilegais e restaurar a ordem através das forças regulares. "Foi um passo decisivo para acabar com a presença de grupos irregulares na capital", afirmou o Primeiro-Ministro.


Entretanto, o procurador-geral da Líbia emitiu mandados de prisão contra 172 membros da SSA, acusados de graves crimes, incluindo assassinatos, tortura, sequestros e detenções arbitrárias. A Procuradoria informou que já foram recolhidos mais de 200 testemunhos e identificados 146 casos de violações graves dos direitos humanos. Dos acusados, 11 já foram levados a tribunal.


Sedik al-Sour, titular do Ministério Público, destacou que a justiça continuará a ser uma prioridade nacional, independentemente das filiações políticas ou militares dos autores dos crimes. Pediu ainda que as forças de segurança priorizem a captura dos acusados, suspendendo outras tarefas para focarem-se nesta missão.


A Líbia continua politicamente dividida entre duas administrações: o Governo de Unidade Nacional em Tripoli e uma autoridade paralela no Leste, liderada a partir de Bengazi pelo general Khalifa Haftar, comandante do autoproclamado Exército Nacional Líbio (LNA). A crise agravou-se após o adiamento das eleições presidenciais previstas para Dezembro de 2021, cuja realização continua indefinida.

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