MERCADO DAS PEDRINHAS REFORÇA COMBATE AO COMÉRCIO INFORMAL COM APOIO TOTAL DA ADMINISTRAÇÃO DO RANGEL
- Portal Destaques
- 7 de ago.
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Por: Ernesto João l Portal Destaques.ao
No âmbito das acções do Programa de Reordenamento do Comércio (PRC), a equipa do Portal Destaques.ao visitou, nesta quinta-feira, 7 de Agosto, o Mercado das Pedrinhas, localizado no Bairro Terra Nova, Município do Rangel, para ouvir as principais preocupações da sua administração.
De acordo com o administrador do mercado, Silas Mandela, o combate ao comércio informal tem sido uma prioridade desde o início de 2025. Esta missão conta com o apoio incondicional da Administração Municipal do Rangel e da Polícia Nacional, que têm trabalhado em conjunto com os fiscais da administração e seguranças do mercado para garantir a fiscalização e a ordem na zona.
“Traçámos metas claras, com postos de controlo nas áreas de jurisdição do mercado. Normalmente, colocamos um ou dois fiscais municipais, um segurança e agentes da polícia para garantir o cumprimento das normas", explicou.
Segundo o administrador, um dos maiores desafios tem sido retirar as vendedeiras das ruas e zonas de risco. Muitas resistem por acreditarem que vender fora é mais rentável, especialmente junto às paragens de táxis, onde os clientes evitam entrar no mercado. Contudo, isso traz riscos sérios à segurança rodoviária e à mobilidade dos pedestres.
“Há sempre casos de desacato às autoridades, calúnias ou conflitos. Nestes casos, encaminhamos os envolvidos à esquadra. Mas, felizmente, temos notado melhorias significativas, com ruas mais limpas e maior ordem, graças também à reabilitação de vias como a Rua Henrique da Graça”, frisou.
Mandela destaca ainda que o programa tem sido ajustado à realidade local, obrigando muitas vendedeiras a ocuparem os espaços dentro do mercado, uma mudança que trouxe melhorias visíveis.
A colaboração com a administração municipal, liderada por Lourenço Domingos, tem sido, segundo Silas, "exemplar e autêntica", com coordenação em fóruns de actuação, visitas periódicas e diálogo constante com as vendedeiras.
“Temos sensibilizado as senhoras para venderem dentro do mercado, pois é mais seguro, higiénico e rentável. Utilizamos uma abordagem pacífica e, muitas vezes, recorremos a línguas nacionais como o kimbundu ou umbundu para garantir que todas compreendam a mensagem.”
Apesar dos avanços, alguns conflitos interpessoais persistem entre as verdadeiras, frequentemente motivados por ciúmes, desentendimentos ou superstições.
“Há quem diga que a colega trouxe 'mina tradicional' (tala), mas fazemos questão de lembrar que todos estão ali para ganhar o pão. Usamos a palavra de Deus como base para o respeito e convivência.”
O mercado está dividido em áreas específicas: uma para produtos agrícolas e outra para fardos. Há lugares disponíveis para quem quiser aderir ao sistema formalizado. A administração exige o cadastramento e atribui um cartão de identificação, além de um avental (vermelho para comércio e branco ou rosa para roupa), previamente escolhido pelas próprias vendedoras.
A taxa de entrada é de 2.500 kwanzas, sendo 1.500 kz para a bata e 1.000 kz para o cartão.
“Se uma vendedeira for apanhada a vender na rua, perde automaticamente o seu lugar, conforme acordado com a administração municipal. Isso permite abrir espaço para quem realmente quer trabalhar dentro do mercado.”
Para concluir, Silas Mandela elogia a postura dos vendedores do Mercado das Pedrinhas:
“Graças a Deus, têm colaborado a 100%. O que importa aqui não é quem marca o golo, mas sim que a equipa ganhe. Esse espírito de união e de equipa é o que tem feito a diferença.”
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