FNLA EM EBULIÇÃO: MILITANTES EXIGEM SAÍDA URGENTE DE NIMI A SIMBI DA LIDERANÇA DO PARTIDO

Por: Ernesto João | Portal Destaques.ao

A tensão dentro da Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA) atingiu níveis críticos. Diversos militantes insurgem-se contra o presidente Nimi a Simbi, acusando-o de incompetência, autoritarismo e de levar o partido ao colapso. As críticas são duras e apontam para uma liderança isolada, excludente e sem visão política.

Segundo os militantes descontentes, o presidente tem optado por afastar quadros competentes que apresentam pensamento crítico e construtivo, substituindo-os por indivíduos considerados manipuláveis e ineficazes. Esta estratégia, alegam, visa sustentar um projeto obscuro que empurra lentamente o partido para o abismo.

“Nós, os jovens conscientes, não deixaremos isso acontecer. O senhor Nimi deve partir, levando consigo os seus lacaios. Deixam a FNLA numa total letargia, sem capacidade de apresentar sequer um relatório financeiro das verbas do Estado para a campanha eleitoral de 2022. A sua liderança exala o perfume da corrupção e da total incapacidade”, declaram os militantes.

As críticas não param por aí. O presidente Nimi é também acusado de não possuir habilidade oratória, sendo incapaz de formular ou ler um discurso em público com clareza. A sua dificuldade em se comunicar eficazmente, especialmente diante de jornalistas, é vista como um grave entrave à imagem do partido.

“O presidente Nimi demonstra uma incompetência política gritante. Não consegue articular ideias nem se expressar com fluidez em público. Simplesmente, não tem perfil para o cargo que ocupa”, reforçam.

O cenário dentro da FNLA é descrito como desolador: um vice-presidente idoso, inativo e ausente; um secretário-geral mais interessado em negócios pessoais do que na política; e uma direção marcada pela estagnação.

Informações apuradas pelo Portal Destaques.ao revelam que mais de 60% dos membros do Comité Central pretendem censurar o presidente. Porém, Nimi evita convocar o conclave para impedir que tal processo avance.

“O presidente é impopular não só dentro do partido, como também na sociedade angolana e perante a comunidade internacional. É visto como um impostor e representa um perigo para o futuro da FNLA”, afirmam categoricamente os contestatários.

Entre os casos mais polémicos apontados pelos militantes estão exonerações arbitrárias e decisões que violam os princípios e estatutos do partido, como a suspensão pública do veterano Ngola Kabangu, além de outros quadros históricos como Carlos Cassoma e Ndonda Nzinga.

“A violência dos seus atos de exoneração é uma vergonha. Está a destruir os pilares históricos da FNLA”, lamentam.

Para Mfinda Matubacana, militante e porta-voz de um grupo de renovação interna, a luta não será em troca de favores ou cargos:

“Hoje condenamos o presidente, e amanhã condenaremos todos aqueles que se juntam a ele, guiados pela brutalidade verbal, pela ausência de solidariedade e pela ganância. Não nos venderemos por alguns míseros Kwanzas ou cargos.”

A pressão interna aumenta e os militantes garantem que o processo de destituição de Nimi a Simbi já está em marcha. A crise na FNLA ganha novos capítulos, e o Portal Destaques.ao compromete-se a acompanhar de perto os próximos desdobramentos.