
DIVIDIDA, A OPOSIÇÃO ENFRAQUECE: CARLOS KASSOMA ALERTA PARA JOGOS QUE BENEFICIAM O REGIME”
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Por Ernesto João | Portal Destaques.ao
O sociólogo, político e líder juvenil da FNLA, Carlos Kassoma, manifestou forte preocupação com as constantes trocas de ataques entre partidos políticos da oposição, considerando que essas atitudes fragilizam o campo oposicionista e acabam por favorecer o regime no poder.
Em declarações exclusivas ao Portal Destaques, na tarde deste domingo, 21 de dezembro, Kassoma afirmou que os conflitos públicos entre forças da oposição “levantam sérias dúvidas” quanto à real independência e compromisso de alguns partidos com a mudança política em Angola.
Segundo o dirigente juvenil, a fragmentação da oposição não é fruto do acaso. “Ela interessa a quem governa, porque divide, enfraquece e desvia o foco do essencial”, sublinhou, acrescentando que esse cenário alimenta a perceção de que certos partidos actuam como “satélites ou meros apêndices do regime”.
Para Carlos Kassoma, o verdadeiro papel da oposição deveria ser o de confrontar o poder instituído com propostas claras e alternativas credíveis, capazes de responder às necessidades do povo angolano. No entanto, lamenta que, em vez disso, dirigentes oposicionistas estejam a gastar energia em disputas internas, sobretudo nas redes sociais.
“Enquanto a oposição se ataca mutuamente, o MPLA continua a humilhar a juventude e o povo em geral, sem ser devidamente pressionado”, criticou.
O político alertou ainda que essa postura contribui para a confusão do eleitorado, desmobiliza a sociedade e desacredita a própria ideia de mudança. Para ele, a luta política não se vence com egos inflados nem com protagonismos isolados.
“Engana-se quem pensa que, sozinho, conseguirá retirar este regime do poder. A mudança exige unidade estratégica, maturidade política e um compromisso real com os interesses do povo, acima de interesses partidários ou pessoais”, defendeu.
Carlos Kassoma concluiu afirmando que, sem convergência, diálogo e uma agenda comum de salvação nacional, a oposição continuará a servir — ainda que de forma involuntária — os interesses do regime que afirma combater.











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