CONVOCATÓRIA POLÉMICA AGITA O FUTEBOL ANGOLANO: AKWA ARRASA SUBSTITUIÇÃO DE AVANÇADO POR GUARDA-REDES
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Por: Redacção l Portal Destaques.ao
A recente decisão da comissão técnica da seleção nacional de Angola voltou a colocar em causa os critérios de convocatória, após a chamada do guarda-redes Agostinho para substituir o avançado Zine. A escolha gerou perplexidade entre adeptos e especialistas, mas foi Fabrício Akwa, uma das vozes mais respeitadas do futebol angolano, quem trouxe a crítica mais contundente ao debate.
Sem poupar palavras, Akwa começou por sublinhar que a sua posição não é um ataque pessoal ao atleta convocado:
“Nada contra o jovem guarda-redes Agostinho. Reconheço a sua qualidade. O problema é a lógica da decisão.”
Para o antigo internacional, a incoerência está na troca direta de um avançado por um guarda-redes, sobretudo num contexto em que existem várias opções ofensivas em bom momento nos respetivos clubes:
“Convocas um ponta-de-lança e, na indisponibilidade desse avançado, chamas um guarda-redes, quando temos um leque de avançados super bem nos seus clubes e perfeitamente capazes de substituir o Zine.”
Akwa reforçou o seu argumento lembrando a recente data FIFA, período em que Agostinho não foi utilizado pela própria equipa técnica:
“Agostinho não jogou nos dois jogos da data FIFA. O treinador mostrou claramente que ele não era opção. No jogo contra a Zâmbia, esteve equipado apenas para o banco e usou a camisola 16, normalmente do Fredy. Como é que agora aparece como substituto de um avançado?”
O antigo avançado não escondeu a frustração com o que considera um erro grave de planeamento e definição de prioridades:
“Desculpa, mas batemos no fundo do poço com escolhas do género. Tens um setor fragilizado por lesões e deixas de fora bons jogadores dessa posição para levar um guarda-redes? Sério isso?”
Num tom irónico, Akwa questionou ainda a falta de coerência nos critérios adotados:
“Se amanhã um guarda-redes se lesionar, nunca se vai convocar outro guarda-redes para substituir um médio, um defesa ou um atacante. Por que razão isso acontece ao contrário?”
A intervenção terminou de forma resignada, refletindo um sentimento partilhado por muitos adeptos:
“Seguimos seguindo, como diz o outro. Abraços.”
A polémica volta a expor fragilidades na gestão da seleção nacional e reacende o debate sobre critérios técnicos, coerência nas convocatórias e transparência nas decisões — um tema que promete continuar a gerar discussão nos próximos dias entre adeptos, comentadores e a própria estrutura do futebol angolano.











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