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ADACRU REAFIRMA COMPROMISSO COM A CRIANÇA RURAL E PEDE MAIS ACÇÃO SOCIAL: “É TEMPO DE RESPONSABILIDADE”

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    Portal Destaques
  • 13 de out.
  • 2 min de leitura

Por: Ernesto João l Portal Destaques.ao


A Associação de Desenvolvimento e Apoio à Criança Rural (ADACRU) realizou no sábado, 11 de outubro, uma conferência de imprensa na sua sede, localizada no município do Hoji Ya Henda, em Luanda. O encontro serviu para apresentar o balanço das actividades realizadas e reiterar o compromisso da associação com o bem-estar da criança rural em Angola.


O presidente e fundador da ADACRU, Eduardo Martins Geraldo, destacou os principais marcos da organização e a sua contribuição ao longo de quase três décadas.


“Somos uma associação com 29 anos de existência, com um percurso moldado pelas circunstâncias e realidades dos 50 anos de independência nacional. Tudo começou aqui na zona da Mabor, e conseguimos expandir os nossos serviços para outras províncias como Huambo, Bengo, Icolo e Bengo, Kwanza Sul e Malanje, sempre com o objectivo de alcançar uma actuação nacional”, afirmou.


Segundo Geraldo, a associação é legalmente reconhecida e o seu financiamento provém principalmente de quotas dos membros e de parcerias institucionais. A missão da ADACRU é clara: apoiar o Estado na implementação de políticas sociais voltadas para a criança rural.


“Durante os períodos mais críticos que o país enfrentou, este espaço serviu como centro de acolhimento para cerca de 50 pessoas — entre crianças, jovens e adultos de ambos os sexos. Muitos dos que por aqui passaram hoje são técnicos superiores e profissionais actuantes no sector público e privado. Para muitos, a ADACRU foi o primeiro local de trabalho”, reforçou.


O presidente também agradeceu o apoio de instituições como o Conselho Nacional da Juventude, a Fundação Eduardo dos Santos (FESA), o INAC, e o Grupo de Mulheres Parlamentares das 6.ª, 7.ª e 8.ª Comissões, que sempre acompanharam de perto as actividades da associação.


Além disso, Eduardo Geraldo criticou a falta de políticas públicas eficazes de planeamento familiar e condenou práticas sociais nocivas que afectam directamente as crianças:


“É comum, na nossa cultura africana, que o homem tenha mais de uma esposa. Mas isso não nos dá o direito de procriar irresponsavelmente e depois abandonar as crianças. Temos visto casos graves, onde adultos violam menores, inclusive dentro das próprias famílias, envolvendo pais, tios e sobrinhos. Isso precisa acabar.”


A ADACRU afirma estar alinhada com quase todos os 52 artigos da Convenção sobre os Direitos da Criança, oferecendo programas nas áreas de educação, saúde, literacia, desporto e cultura, com apoio de parceiros que partilham os mesmos ideais.


Fundada a 10 de setembro de 1996, em Luanda, a ADACRU começou a apoiar o Estado logo nos seus primeiros três anos de existência, num período particularmente difícil para o país.


Para encerrar, o presidente alertou para a actual situação das crianças em Angola, sobretudo nas zonas urbanas e periurbanas:


“A taxa de natalidade continua elevada, mas o controlo é deficiente, e isso tem resultado em gravidez precoce e aumento dos abusos. Precisamos de mais acções, mais responsabilidade e mais moralização da sociedade.”

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