top of page

VIOLAÇÃO DE DIREITOS EM GAZA DIVIDE EUROPA E ADIA SANÇÕES A ISRAEL

  • Foto do escritor: Portal Destaques
    Portal Destaques
  • 27 de jun.
  • 2 min de leitura

Por: Redacção | Portal Destaques.ao


Apesar de um relatório oficial identificar "indícios" de que Israel violou obrigações internacionais de direitos humanos durante a guerra em curso na Faixa de Gaza, os líderes da União Europeia (UE) decidiram não tomar, para já, nenhuma medida concreta. Reunidos em cimeira do Conselho, os 27 chefes de Estado e de Governo apenas concordaram em “prosseguir as discussões” sobre o eventual seguimento ao documento.


Durante um almoço à porta fechada, com os telemóveis deixados fora da sala, os líderes analisaram o relatório de oito páginas que detalha violações como o bloqueio da ajuda humanitária, ataques a hospitais e deslocações forçadas da população palestiniana. A análise surgiu na sequência do apelo de 17 Estados-Membros, em maio, para que a UE revisse o seu Acordo de Associação com Israel.


Contudo, o encontro terminou sem uma decisão concreta. Em vez disso, os líderes optaram por deixar a responsabilidade nas mãos da nova chefe da diplomacia europeia, Kaja Kallas, que deverá agora negociar com Israel e trabalhar com a Comissão Europeia para definir futuras opções, caso a situação no terreno não melhore.


A paralisia europeia reflete as profundas divisões entre os Estados-Membros quanto à forma de responder à guerra em Gaza e à crescente crise humanitária. Alguns países receiam que medidas comerciais ou políticas mais duras contra Israel exijam uma maioria qualificada difícil de alcançar no seio da Comissão Europeia.


Apesar da pressão diplomática crescente, sobretudo da parte de Espanha, Irlanda e Eslovénia, a maioria optou por manter a parceria com Israel “na prateleira”, sem cortes imediatos nos laços políticos ou comerciais. O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, foi claro na sua posição:


“Defendo que a UE deve suspender o acordo de associação com Israel, como resposta proporcional à catástrofe humanitária na Palestina. Temos o dever moral de salvar vidas em Gaza.”


A recente trégua entre Israel e o Irão também é vista por alguns como um sinal de que cortar relações com Telavive neste momento pode ser contraproducente. Ainda assim, cresce a pressão para que a UE tome uma posição mais firme diante das denúncias de violações de direitos humanos.

Comments

Rated 0 out of 5 stars.
No ratings yet

Add a rating
bottom of page