A empresária e filha do ex-presidente José Eduardo dos Santos, Tchizé dos Santos, fez duras acusações nesta sexta-feira, 3 de Janeiro de 2025, ao revelar que enfrentou enormes dificuldades para renovar a sua carta de condução em Angola, afirmando que o processo foi marcado por recusa sistemática e até perseguição política.
Segundo Tchizé, a situação começou quando tentou validar a sua carta de condução portuguesa em Angola, uma vez que, por ser parte da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), poderia efectuar uma troca directa sem grandes burocracias. No entanto, alegou que as autoridades angolanas não aceitaram o pedido, apesar de apresentar uma declaração da Direção Geral de Viação e Trânsito (DGV) portuguesa atestando que a carta era legítima.
Tchizé dos Santos explicou que tentou resolver a situação por mais de dois anos, através da ajuda de dois procuradores que também são generais, mas que, apesar de todos os esforços, nada foi feito. "A outra procuradora ficou três meses em Luanda com a minha carta e o meu número de identificação, mas não conseguiram nada", lamentou.
A empresária também destacou o tratamento discriminatório que alegadamente recebeu, com determinadas pessoas em Angola que se recusaram a tratar de qualquer tipo de documentação, alegando que por ser ela, "não podiam fazer nada".
Depois de mais de um ano de tentativas frustradas, Tchizé dos Santos afirmou que a sua carta de condução caducou em Dezembro de 2024, sem que o problema fosse resolvido.
"Se isso não é uma perseguição política e uma violação dos direitos humanos, então o que é?", perguntou, visivelmente indignada.
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