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RESPIRAR JÁ NÃO É FÁCIL NO TANDE — MORADORES FECHAM ESTRADA EM PROTESTO

  • Foto do escritor: Portal Destaques
    Portal Destaques
  • 22 de jun.
  • 2 min de leitura

Por: Ernesto João


Moradores do Bairro Tande, no Município do Sequele, Província do Icolo e Bengo, interditaram na noite de sábado, 21 de Junho, a via principal que dá acesso ao mercado do Km 30. O motivo da acção foi a poeira intensa provocada pela circulação constante de camiões que exploram areia no areal.


Segundo apurou o Portal Destaques.ao, a população já havia negociado anteriormente com as autoridades, camionistas e a direcção dos responsáveis chineses pela exploração de areia. O acordo estabelecia que os camiões deveriam borrifar a via três vezes por semana — às segundas, quartas e sextas-feiras, em dois períodos (manhã e tarde). No entanto, os moradores afirmam que a medida só foi cumprida na primeira semana.


A ausência de manutenção agravou a situação, forçando algumas famílias a abandonarem suas residências devido à poeira insuportável. Como forma de protesto, os moradores decidiram interditar a via e manifestar, pela terceira vez, a sua insatisfação.


Uma adolescente ouvida pelo portal, que preferiu não se identificar, reforçou a indignação:


“Fechamos a via ontem à noite. Eles passam sem cuidado. Só queremos que borrifem a estrada três vezes por semana, manhã e tarde.”


Os motociclistas de três rodas, conhecidos por kaleluias, apoiaram o protesto e apelaram à intervenção urgente das autoridades.


João Manuel, um dos moto-taxistas da zona, desabafou:


“O que queremos é a melhoria da via. Está muito prejudicial para nós que circulamos aqui diariamente. Que o Estado olhe para esta estrada.”


Outro moto-taxista, conhecido por Zangado, foi ainda mais contundente:


“Só queremos um tapete asfáltico. Com a via fechada estamos melhor, sem poeira. E se voltarem a abrir sem resolver o problema, vários camiões podem ser queimados.”


Miguel Cristóvão, um dos camionistas, afirmou ter sido surpreendido com a interdição:


“Às vezes pedimos aos chineses que intervenham na via, mas nunca fomos atendidos. Pelo menos que tragam terra vermelha e brita para ajudar a reduzir a poeira.”


No momento da reportagem, a circulação pela via encontrava-se totalmente paralisada, com a população à espera de uma resposta concreta dos responsáveis do areal.

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