Presidente João Lourenço analisa com parlamentares dos Grandes Lagos conflitos na região
- Portal Destaques
- 24 de abr.
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A situação dos conflitos que afectam a República Democrática do Congo (RDC), Sudão, Sudão do Sul e República Centro-Africana (RCA), Estados-membros da Conferência Internacional sobre a Região dos Grandes Lagos (CIRGL), foi analisada, quarta-feira, em Luanda, pelo Chefe de Estado angolano e Presidente da organização, João Lourenço, com os líderes parlamentares participantes da 15ª Sessão do Fórum Parlamentar da Região (FP-CIRGL).
No fim da audiência, a presidente em exercício dos Parlamentares da CIRGL, Nelly Mutti, informou aos jornalistas que o encontro com o Estadista angolano visou abordar as questões de segurança, violência e o conflito na região, sobretudo aquele que persiste no Leste da República Democrática do Congo (RDC).
“Julgamos ser prudente como parlamentares reportar à sua Excelência Presidente da República de Angola, que também é o Presidente da Cimeira da Conferência Internacional sobre a Região dos Grandes Lagos, e remeter este relatório, na medida em que delineia algumas recomendações que apresentamos, que julgamos serem a melhor maneira em que podemos lidar com a crise de insegurança a nível da nossa região, mormente na região Leste da República Democrática do Congo”, disse.
Para os parlamentares, sublinhou a líder zambiana, a paz na região é de grande importância, advogando a necessidade de trabalho conjunto para manter a estabilidade, juntando as partes beligerantes à mesa de negociações para que se possam entender.
Nelly Mutti defendeu, também, tal como o Presidente João Lourenço, a necessidade de os Estados-membros encontrarem soluções africanas, mas ,sobretudo, que “ninguém fique de fora” ou espere que venham outros para resolver os problemas de África.
“Somos irmãos e irmãs e devemos trabalhar em conjunto. A única coisa que nos separa são as fronteiras artificiais colocadas pelos colonialistas, que parece, a meu ver, respeitamos mais do que outra coisa. Mas nós, como irmãos, estamos condenados a viver em harmonia, a viver em conjunto e em paz”, acrescentou a presidente em exercício dos Parlamentos da CIRGL.
A líder parlamentar exaltou, por outro lado, o tema defendido pela Assembleia Plenária da Região dos Grandes Lagos, que se prende com a inclusão, enfatizando que a decisão de os parlamentos serem inclusivos visa garantir que se tenha uma representação de género nas posições de decisão.
“Devo aqui ressaltar que também recebi o testemunho de uma colega, na altura a presidente do Parlamento da República do Sudão do Sul, e espero, também, entregar a presidência à minha irmã, a presidente da Assembleia Nacional da República de Angola, a doutora Carolina Cerqueira”, anunciou, destacando que o facto de uma mulher entregar a presidência da organização a outra mulher é sinal de que “estamos a fazer algo no sentido da inclusão”.
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